ASSINE
search button

Ministro da Defesa pede a Olmert que deixe o governo

Compartilhar

Agência AFP

JERUSALÉM - O líder do Partido Trabalhista e ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, pediu nesta quarta-feira que o primeiro-ministro Ehud Olmert, suspeito em um caso de corrupção, deixe seu cargo.

- No interesse do Estado, acredito que o primeiro-ministro deve deixar de se ocupar da gestão cotidiana do governo - declarou Barak em coletiva de imprensa, um dia depois do testemunho-chave à justiça israelense de um empresário israelense-americano que disse ter entregue cerca de US$ 150 mil a Olmert, que dirige o partido centrista Kadima.

O ministro da Defesa disse não acreditar que, dada a atual situação e os enormes desafios que Israel deve enfrentar - o Hamas, o Hezbollah, a Síria, o Irã, os soldados seqüestrados e o processo de paz -, o primeiro-ministro possa se ocupar simultaneamente da gestão do governo e de seus assuntos pessoais.

Barak teve o cuidado de não agitar a ameaça de uma partida iminente dos trabalhistas, o que provocaria a queda da coalizão governamental, e deixou a bola no campo do Kadima, que, segundo o ministro, deve encontrar um sucessor.

- O partido Kadima deve fazer um exame de consciência e eleger um substituto. Se o Kadima não agir para que se forme um novo governo que conte com nosso apoio, fazemos o necessário para que se fixe uma data para eleições antecipadas - insistiu.

A legislatura atual deve terminar normalmente em 2010.

Por sua parte, a Autoridade Palestina disse temer que a crise política em Israel tenha repercussões negativos no processo de paz israelense-palestino.

Um pouco antes, o assessor de Olmert, Tal Silberstein, assegurou que o premier está decidido a permanecer na chefia do governo.

Olmert nega as acusações de corrupção de que é alvo.