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BAYAMON, PORTO RICO - Os candidatos à indicação presidencial democrata fizeram escalas em suas campanhas em Porto Rico no sábado, e a candidatura de Hillary Clinton complicou-se ainda mais com a polêmica provocada por suas referências ao assassinato de Robert Kennedy, em 1968.
Durante uma escala de um dia na ilha, o candidato que está à frente, Barack Obama, falou de questões ligadas a veteranos e de seu rival republicano, o senador John McCain, antes de percorrer San Juan num passeio em estilo de desfile.
Em seus eventos de campanha, Obama não mencionou as observações de Hillary na sexta-feira, quando ela citou o assassinado do candidato presidencial Robert Kennedy, em junho de 1968, para ajudar a explicar a razão de ainda estar na corrida para ser indicada pelo Partido Democrata para disputar a Presidência com McCain na eleição de novembro.
- Meu marido (Bill Clinton) só conseguiu a indicação em 1992 quando ganhou a primária da Califórnia, por volta do meio de junho, certo? Todos nós lembramos que Bobby Kennedy foi assassinado na Califórnia em junho - disse ela ao conselho editorial de um jornal de Dakota do Sul.
Suas declarações foram criticadas pelo comitê de campanha de Obama, na sexta-feira, e Hillary pediu desculpas.
Robert Kennedy, irmão do presidente assassinado John Kennedy e do senador pelo Massachusetts Edward Kennedy, foi assassinado em Los Angeles logo após vencer a primária democrata da Califórnia.
Obama, que tem uma vantagem praticamente insuperável em número de delegados, disse a uma emissora de rádio porto-riquenha no sábado que não achou que Hillary tivesse a intenção de ofender com seus comentários.
- Descobri que quando você está em campanha há tantos meses quanto a senadora Clinton e eu estamos, às vezes você se descuida em suas declarações, e acho que foi isso o que aconteceu aqui - disse ele em entrevista à Rádio Isla Puerto Rico.
Teme-se há algum tempo pela segurança de Obama, que pode tornar-se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. O senador por Illinois passou a ter proteção do Serviço Secreto 18 meses antes da eleição de novembro, antes de qualquer outro candidato ter recebido segurança adicional.
Os comentários de Hillary trouxeram à tona o tema tabu da possibilidade do assassinato de um rival, e analistas políticos consideraram a observação uma gafe séria.
- Isso é sério - disse Calvin Jillson, professor de ciência política na Universidade Southern Methodist.
- É mais sério ainda pelo fato de que já se questiona por que Hillary Clinton ainda está na corrida e o que ela espera conseguir.