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Disputa Obama-MacCain torna-se cada vez mais real

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Agência AFP

WASHINGTON - Uma disputa entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain na eleição presidencial de novembro é dada praticamente como certa, apesar de Hillary Clinton resistir a abandonar a corrida pela indicação do Partido Democrata.

- Se Barack Obama quiser Hillary fora da corrida pela indicação, que ele a derrote então - disse no domingo o porta-voz da ex-primeira-dama, Howard Wolfson.

As primárias da Virginia estão marcadas para esta terça-feira. A última enquete sobre essa primária indica que Hillary tem 60% das intenções de voto, contra apenas 24% do senador de Illinois.

Em Kentucky, as pesquisas apontam 58% das intenções de voto para Hillary contra 31% para Obama. No entanto, mesmo em caso de uma vitória esmagadora de Hillary em ambos os Estados, é difícil que os resultados gerais venham a mudar, porque ambas as primárias elegem muito poucos delegados.

Os líderes do Partido Democrata unem-se claramente por Obama, que agora está ansioso para travar uma disputa com McCain. O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, que se mantém imparcial quando o assunto é Obama ou Hillary, fez um breve esboço das três principais linhas de ataque contra o senador republicano.

- Ele está equivocado sobre a guerra no Iraque. Está equivocado sobre a economia. Ele é um clone de Bush - declarou Reid à rede de televisão ABC e pediu aos democratas que "relaxem" e deixem a batalha Obama-Hillary continuar até o final das primárias em 3 de junho.

Após o triunfo de Obama na Carolina do Norte na semana passada, e sua derrota por pouco em Indiana, seu estrategista de campanha David Axelrod, disse à Fox News no domingo que "estamos chegando ao final deste processo. Creio que há entusiasmo entre os líderes do partido e os militantes de todo o país para empreender a campanha da eleição geral".

Com Obama tirando proveito de sua crescente vantagem sobre Hillary, os democratas negam que estejam negociando com a ex-primeira-dama sua desistência à nomeação à candidatura democrata ou garantindo a ela de que todas suas dívidas de campanha serão pagas caso, em troca, aceite a candidatura à vice-presidência em uma chapa com Obama.