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Mulheres tibetanas protestam no Nepal e mais de 500 são presas

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REUTERS

KATMANDU - A polícia nepalesa prendeu neste domingo 562 tibetanas em uma manifestação anti-China em Katmandu, na primeira passeata feminina contra o domínio chinês em sua terra natal, disseram autoridades.

Algumas manifestantes gritavam "queremos o Tibet livre", enquanto outras choravam quando eram arrastadas nas ruas para vans e caminhões da polícia e levadas a centros de detenção. Muitas delas vestiam braçadeiras negras e tinham suas bocas amordaçadas com roupas.

O Nepal considera o Tibet como parte da China, um fundamental doador de recursos e um parceiro comercial. O país tem reprimido os protestos de tibetanos exilados contra Pequim.

A polícia informou que as mulheres seriam liberadas posteriormente.

Tibetanos exilados têm protestado regularmente desde os sangrentos conflitos que ocorreram na capital tibetana Lhasa em março, seguidos por manifestações em outras regiões do Tibet.

Muitos tibetanos estão furiosos com a repressão dos manifestantes no Tibet e condenam o domínio chinês na região do Himalaia, que já dura décadas.

Os conflitos de Lhasa ocorreram após dias de protestos centralizados no aniversário de uma fracassada revolta tibetana contra a China em 1959. Mais de 20.000 tibetanos vivem no Nepal após terem fugido do Himalaia depois da revolta.

- Não somos contra o Nepal. Nossos protestos são contra a China. Então, por que eles estão nos prendendo? - questionou, com lágrimas nos olhos, uma manifestante de 70 anos que se identificou apenas como Chinjhoke.