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QUITO - O presidente do Equador, Rafael Correa, começou neste domingo uma viagem pela Europa para barrar a "campanha de desprestígio" iniciada pela Colômbia, depois da incursão militar em que morreu um líder guerrilheiro e levou ao rompimento dos laços formais entre os dois países.
Correa terá reuniões com autoridades dos governos da Espanha, França e Bélgica para amenizar as acusações feitas pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, a respeito de suas supostas tentativas de alcançar um acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em apoio a sua plataforma política de esquerda.
Equador e Colômbia romperam relações diplomáticas desde que militares colombianos bombardearam, no início de março, um acampamento das Farc instalado em território equatoriano, uma ação condenada pela comunidade internacional.
-O presidente iniciou uma viagem pela Europa para apagar essa campanha propagandística de desprestígio realizada pelo governo colombiano-, disse a assessoria de imprensa da Presidência do Equador em um comunicado.
Correa acusou a Colômbia de arranhar a imagem do Equador, especialmente na União Européia e Estados Unidos, argumentando uma posição permissiva do país com relação à entrada das Farc em seu território. EUA e UE classificam as Farc como um grupo terrorista.
O Equador rompeu relações com a Colômbia pela violação de seu território.
Durante a passagem pela Europa, Correa abordará assuntos relacionados ao setor de petróleo e ao Plano Equador, uma iniciativa com a qual busca diminuir os efeitos das operações militares colombianas na zona fronteiriça do lado equatoriano.