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Ban Ki-moon: inércia de Mianmar pode ser fatal

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REUTERS

NOVA YORK - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que o governo militar de Mianmar não ofereça "impedimentos" à entrada de estrangeiros envolvidos com a ajuda humanitária no país, que foi atingido por um ciclone. Ele disse que a sobrevivência do povo está nas mãos da junta militar.

A porta-voz de Ban, Marie Okabe, disse a repórteres na sede da ONU que o secretário-geral, que está em visita a Atlanta, "avisou que a falta de ações seria fatal".

Ban tem tentado entrar em contato com o mais alto general de Mianmar, Than Shwe, para tentar persuadi-lo a remover as restrições aos trabalhadores humanitários ¿mas não teve sucesso.

- Estou tentando falar diretamente com a liderança de Mianmar - disse Ban a repórteres durante uma visita ao Carter Center, em Atlanta.

- Infelizmente, não consegui entrar em contato com eles. Continuo tentando falar com eles e também com os líderes dos países vizinhos.

Okabe disse que o serviço humanitário ainda não chegou às áreas devastadas pelo ciclone Nargis no sábado passado.

- Uma equipe das Nações Unidas está lá, mas atuando no limite - disse ela.

Segundo Okabe, o Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU vai mandar dois aviões de ajuda no sábado. As discussões com a junta militar continuam, para saber como a ajuda será distribuída.

O PAM tinha dito na sexta-feira que ia suspender os vôos depois que as autoridades apreenderam os alimentos que a agência mandava para o aeroporto de Yangon.