Agência AFP
WASHINGTON - A suspensão por sete meses da pena de morte nos Estados Unidos chega ao fim nesta terça-feira à noite com a execução de William Lynd, de 53 anos, sentenciado na Geórgia (sul) pelo assassinato de sua namorada em 1988.
Caso a execução seja realizada, será a pessoa de número 1.100 a morrer desde a reinstalação da pena capital nos Estados Unidos em 1976.
Também será o primeiro a ser executado desde 25 de setembro passado.
As execuções nos Estados Unidos foram suspensas por meses. Muitos detentos entraram com recursos na Suprema Corte para rever suas penas, liderados por dois deles em Kentucky, que recorriam da decisão sobre se a morte por injeção letal, método mais comum nos Estados Unidos, era constitucional.
Os juízes do Supremo decidiram, em 16 de abril, por 7 votos a favor e 2 contra, que a injeção letal não constitui "um castigo cruel e desmedido", o que é proibido pela Constituição.
No entanto, os sete juízes que votaram a favor da injeção letal não esconderam suas divergências.
Os presos argumentam que o método das três injeções consecutivas causa um sofrimento desnecessário em alguns casos.
A injeção letal, como é chamada, consiste em três aplicações: a primeira é um sedativo, a segunda paralisa os músculos e a terceira pára o coração.
Caso tudo corra como previsto, o condenado perde os sentidos rapidamente e morre em minutos. No entanto, se o sedativo não for administrado corretamente, o sofrimento pode ser ainda maior.
A execução de Lynd está marcada para hoje as 20h, horário de Brasília, na prisão estatal de Jackson, na Geórgia.