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WASHINGTON - A pré-candidata democrata Hillary Clinton rejeitou no domingo a 'opinião de elite' de economistas que criticaram sua proposta de suspensão de impostos sobre combustível, usando um termo que tem criado problemas para seu concorrente Barack Obama nas últimas semanas.
Obama, enquanto isso, acusou a senadora de Nova York de tirar proveito de impostos sobre combustíveis e criticou suas opiniões sobre o Irã em entrevistas de televisão antes das prévias na Carolina do Norte e Indiana, na terça-feira. Os dois disputam a nomeação do partido para enfrentarem o republicano John McCain em novembro.
Hillary Clinton usou sua participação no programa 'This Week', da rede ABC, para levantar dúvidas sobre a habilidade de Obama para conectar norte-americanos da classe trabalhadora, enquanto esnobou economistas que disseram que seu plano para suspender os impostos sobre combustível no verão (no Hemisfério Norte) teriam poucos efeitos positivos.
Críticos têm descrito Obama como um elitista por seu comentário de que a perda de emprego estaria fazendo com que alguns norte-americanos provincianos se tornassem amargos e se apegassem a armas e religião. Em uma entrevista à NBC, Obama criticou a proposta de Hillary como um 'truque clássico de Washington' que não tem chances de se tornar lei.
O senador de Illinois também comparou a opinião de Hillary de acabar com o Irã, caso o país ataque Israel às do atual presidente George W. Bush.
- É importante usarmos uma linguagem que mande um sinal à comunidade internacional de que estamos substituindo aquele tipo de diplomacia de caubói, ou falta de diplomacia, que nós vimos com George Bush.
Obama continua liderando a corrida democrata. Pesquisas de opinião mostram que ele está perdendo espaço para Hillary em Indiana e Carolina do Norte nas últimas semanas. Ele agora está à frente da senadora em uma média de 7 pontos percentuais na Carolina do Norte, mas atrás dela com uma média de 6 pontos percentuais em Indiana.