Agência EFE
RÚSSIA - Um diretor da fábrica russa Izhmash, que produz os fuzis automáticos Kalashnikov, incluiu hoje os Estados Unidos na lista de países que fabricam versões piratas da arma mundialmente conhecida.
- Os EUA nos acusam de piratear seus produtos eletrônicos, mas eles mesmos fabricam muitas quantidades de nossos Kalashnikov e de outros fuzis projetados sem licença com base em nosso modelo - afirmou o diretor de cooperação internacional da Izhmash, Aleksandr Zavarzin.
O diretor desmentiu que a informação de que a extinta URSS permitia a fabricação desses mísseis por seus antigos aliados do bloco comunista, explicando que em cada caso era emitida uma licença correspondente, 'normalmente por um prazo de dez anos prorrogáveis'.
- As últimas licenças desse tipo venceram na década de 1990. A Rússia não prorrogou nenhuma delas-, explicou Zavarzin em entrevista à agência 'Interfax'.
O executivo acrescentou que 'algumas nações, como a Alemanha, abandonaram de boa fé a produção dos fuzis', mas outros ainda continuam com a fabricação, tendo alterado apenas superficialmente o design exterior e o nome.
-Atualmente, os fuzis Kalashnikov são produzidos sem autorização, de forma pirata, em mais de dez fábricas em países como: Bulgária, Romênia, Polônia, Israel, China entre outros- especificou.
Ele ressaltou que o único fabricante original dos fuzis é a Izhmash, que desenvolveu suas propriedades tecnológicas e construtivas, conseguindo que sejam especialmente seguros e modernos no que se refere aos materiais utilizados.