Agência EFE
BOGOTÁ - Fontes militares em Bogotá e no departamento sulista de Putumayo, na Colômbia, informara que tropas colombianas foram atacadas a partir de território equatoriano com cilindros-bomba. Um soldado ficou ferido. O ataque teria sido feito por supostos rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e foi registrado na localidade equatoriana de Pueblo Nuevo em direção à região colombiana de Teteyé, segundo as fontes.
As tropas colombianas foram atacadas quando prestavam assistência a um grupo de engenheiros em atividades de prospecção petrolífera, em um ponto da selva do departamento (Estado) de Putumayo, a cerca de 700 km ao sudoeste de Bogotá. O general Mario Montoya, comandante do Exército colombiano, em Bogotá, e o também general Octavio Ardila, da IV Divisão militar, de Putumayo, denunciaram a ação contra as tropas na zona de fronteira.
Os soldados atacados foram atingidos por vários dos cilindros-bomba, repletos de estilhaços. Três dos artefatos que não explodiram ficaram em poder das tropas, observou o general Ardila. Nessa região limítrofe com o Equador atuam guerrilheiros da frente 48 das Farc.
O general Montoya informou que a ação foi comunicada à chancelaria, para que, por sua vez, seja transmitida às autoridades e às Forças Militares equatorianas.
- Esperamos que esta situação não continue. É delicado para tropas colombianas e para as companhias que exploram petróleo nessa região - disse o general Montoya.
No dia 1º de março, tropas colombianas realizaram uma incursão militar contra um acampamento das Farc em território equatoriano, situado a menos de 2 km da fronteira, durante o qual morreram 26 pessoas, entre elas Raúl Reyes, porta-voz internacional da organização. Dois dias depois da operação, o presidente do Equador, Rafael Correa, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia.