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BAGDÁ - O clérigo xiita iraquiano Moqatda Al Sadr recuou nesrta sexta-feira em seu confronto com o governo, pedindo aos seus seguidores que continuem observando a precária trégua em vigor.
No apelo, lido numa importante mesquita de Bagdá, Sadr diz que sua recente ameaça de "guerra aberta" se dirigia às forças dos EUA, e não ao governo nacional.
As declarações podem atenuar a tensão existente desde que as forças do primeiro-ministro Nuri Al Maliki promoveram uma ofensiva contra a milícia Exército Mehdi, de Sadr, e ameaçaram proibir os correligionários dele de disputarem as eleições provinciais de outubro.
- Vocês são os melhores, se comprometeram e foram pacientes com a decisão de cessar-fogo, e foram os mais obedientes ao seu líder. Desejo que continuem com sua paciência e sua crença - disse Sadr na nota lida por um clérigo durante as preces de sexta-feira numa mesquita xiita de Sadr City, reduto do religioso na zona leste de Bagdá.
- Quando ameaçamos uma 'guerra aberta', nos referíamos a uma guerra contra o ocupante, não uma guerra contra os irmãos iraquianos - acrescentou.
Centenas de pessoas morreram em Sadr City e outras áreas de Bagdá desde o início da ação militar ordenada por Maliki, ele próprio um xiita.
No sábado, Sadr ameaçou promover uma "guerra aberta" caso Maliki mantivesse a pressão sobre a milícia em Bagdá, na cidade de Basra (sul) e em outras áreas xiitas. Embora a situação em Basra tenha se acalmado, os confrontos continuam em Sadr City e arredores.