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Grupo pede a pré-candidatos fim de lei contra imigrantes

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Portal Terra

WASHINGTON - Um grupo de imigrantes, ativistas e sindicalistas pediu aos aspirantes à presidência dos Estados Unidos que revoguem a lei que impõe penalidades aos empregadores que contratarem imigrantes ilegais.

A Aliança Rompendo as Cadeias argumentou, em entrevista coletiva, que a lei de 1986 criminaliza os imigrantes, divide os trabalhadores entre os com documentos em dia e imigrantes ilegais e nega a estes últimos o direito ao trabalho.

Principalmente, reiteraram, a medida abriu as portas para que alguns empregadores abusem dos imigrantes ilegais com baixos salários e más condições trabalhistas, porque sabem que estes, com medo, não os denunciarão.

O grupo, que carregava cartazes com mensagens de "direitos iguais para todos os trabalhadores" e "eliminemos a lei de sanções", enviou na terça-feira passada uma carta aos aspirantes democratas Hillary Clinton e Barak Obama e ao candidato republicano John McCain.

Na mensagem, eles indicam que os três falaram da necessidade de fortalecer a lei de sanções ao empregador. Tosh Anderson, que assina a carta em nome da Aliança, comentou que, apesar de neste momento não haver um debate migratório, esse será retomado sob uma nova pesidência, e, por isso, pedem aos aspirantes que mudem sua posição e revoguem o estatuto, em vez de fortalecê-lo.

A carta indica ainda que a lei de 1986 torna os imigrantes ilegais mais vulneráveis à exploração e a ser vítimas de empregadores sem escrúpulos.

Em vez de ser uma medida que melhora as condições de trabalho, um de seus objetivos ao ser criada, contribuiu à deterioração das condições de emprego e vida dos operários, indica Anderson aos aspirantes presidenciais.

Os ativistas alegaram ainda que a lei não interrompeu o fluxo migratório nem impediu os patrões de contratar imigrantes ilegais. Pelo contrário, disseram, "criminaliza" os imigrantes.

Na entrevista coletiva, foi citado o caso do mexicano Adolfo López, que durante três anos trabalhou 12 horas por dia em um restaurante entregando comida e limpando o estabelecimento por só US$ 15 diários "por não ter papéis", enquanto os habitantes legais recebiam US$ 25.

- A lei afeta a todos. Todos temos direito de trabalhar oito horas e compartilhar com nossas famílias, porque muitos trabalham até 12 horas ao dia e não podem fazer isso - indicou López.

Na carta enviada a Hillary, Obama e McCain se questiona aos aspirantes se é isto o que realmente querem para a nação e lhes lembra que comerciantes, principalmente as pequenas empresas, trabalhadores e grupos de direitos civis, se opõem à lei.

- Por que vocês persistem em dizer que medidas como fortalecer as penalidades e a verificação da identidade por computador são a resposta? Assegurar que todos os trabalhadores tenham igualdade de direitos em seu vez de emprego é a resposta - afirmaram.