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Fidel Castro defende ajuda médica de Cuba à Bolívia

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Agência ANSA

HAVANA - O ex-presidente cubano Fidel Castro defendeu hoje políticas de ajuda de seu país à Bolívia, apesar das "intrigas do império" e de pessoas "insensíveis" em Cuba, citando o caso da morte de uma estudante boliviana em Havana.

- Em nosso próprio país há pessoas insensíveis, de escassos conhecimentos sobre a realidade, que com respostas rápidas e impensadas afirmarão: 'não devemos ajudar a Bolívia' - disse Fidel.

- Jamais compreenderão que, tanto na política como na revolução, a alternativa de uma estratégia errônea ou equivocada é a derrota - advertiu o ex-presidente em um artigo publicado pela imprensa local.

Em sua nova reflexão, com o título de "Nosso espírito de sacrifício e a chantagem do império", Fidel descreveu as circunstâncias da morte recente em Cuba da estudante boliviana Beatriz Porco Calle, de 22 anos.

Na Bolívia, a morte da estudante levou seus familiares a pedir publicamente uma investigação sobre a falta de órgãos como o cérebro no corpo da jovem, que foi levado até seu país.

- É duro escrever sobre isso. Mais duro ainda é ver as notícias que transmitem pelo mundo a idéia de um cadáver despojado de seus órgãos, que obrigam Cuba a oferecer essas explicações - comentou Fidel.

- Está bem claro o ocorrido. O império necessita esconder verdades de Cuba que não suporta. Intriga e instiga familiares a exigir indenização, toma a tarefa para si, como se vê em um dos canais, e lançam pelo mundo a repugnante mentira através de um parlamentar e da agência Fides de notícias. De lá, a máquina demolidora de seus meios e técnicas midiáticas - escreveu.

- Solicito adicionalmente informações precisas, em números exatos, sobre nossa cooperação médica com a Bolívia, um país de nossa América que o império quer desintegrar - continuou Fidel, acrescentando que desde a eleição de Evo Morales na Bolívia, Cuba oferece ao país "apoio em saúde pública e educação".