Agência EFE
NAÇÕES UNIDAS - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou nesta quarta-feira, a morte de civis palestinos em conseqüência das operações militares lançadas por Israel contra milícias radicais em Gaza.
A porta-voz das Nações Unidas, Michèle Montas, disse que Ban pediu ao governo israelense para 'cumprir com suas obrigações sob a legislação internacional e as leis de direitos humanos'.
- (Ban) condena as mortes de civis palestinos, entre eles crianças, durante as operações militares israelenses - afirmou Montás.
Indicou que o secretário-geral está 'seriamente preocupado' pela escalada hoje da violência em Gaza e no sul de Israel, que custou a vida de pelo menos 18 palestinos e de três soldados israelenses.
Montás lembrou que o secretário-geral também condena os lançamentos de foguetes a partir de Gaza contra território israelense e que insta às partes para 'conter' suas ações.
Nove das vítimas fatais palestinas foram alvo de uma série de projéteis de artilharia no campo de refugiados de Al-Bureij, disseram testemunhas, embora o Exército israelense sustente a versão de que se tratou de um ataque aéreo com foguetes que tinha como alvo um grupo de milicianos armados da Jihad Islâmica.
O bombardeio, que sacudiu na tarde desta quarta-feira o bairro Johr el-Deik do leste do campo de Al-Bureij, também causou mais de 20 feridos, alguns deles em estado grave, segundo os serviços de emergência e ambulâncias na Faixa de Gaza. Entre os civis palestinos falecidos se encontra o cinegrafista da agência 'Reuters' Fadel Ode, de 21 anos e natural de Gaza.
A sangrenta jornada no território palestino começou nas primeiras horas do dia com uma incursão militar israelense em uma zona ao leste do bairro Shejaeya da capital, antes do amanhecer.
A presença de tropas israelenses em um das fortificações do movimento islâmico Hamas, com a intenção de prender um de seus dirigentes e irmão do deputado islamita Khalil el-Hayya, desencadeou fortes combates.
O número de vítimas fataiss dos enfrentamentos nessa zona inclui quatro militantes do Hamas, um da Jihad Islâmica e três soldados israelenses.