Agência EFE
BOGOTÁ - A recente morte do número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), 'Raúl Reyes', deixou a França sem um interlocutor guerrilheiro autorizado, assegurou o dirigente rebelde 'Ivan Márquez', em declarações publicadas nesta segunda-feira pela 'Agência Bolivariana de Imprensa' (ABP).
- O designado pelo Secretariado (comando central) das Farc para falar com a delegação do Governo francês era o comandante 'Raúl Reyes' - advertiu o insurgente.
- Mas, como todos sabem, 'Raúl' foi abatido em um ataque militar dos Governos da Colômbia e dos Estados Unidos em território equatoriano, violando flagrantemente a soberania desse país e a lei internacional - acrescentou 'Márquez', como é conhecido Luciano Marín, um dos sete membros do comando central rebelde.
- Raúl Reyes', que era porta-voz e membro do Secretariado das Farc, morreu no dia 1º de março junto a outras 25 pessoas, em uma operação militar colombiana contra um acampamento das Farc em território equatoriano.
- Esta (a morte de 'Reyes') é a razão pela qual o Governo francês não pôde entrar em contato com as Farc - insistiu 'Márquez'.
O líder rebelde afirmou que, por isso, 'as Farc não têm um interlocutor' para assuntos como a missão médica humanitária que a França enviou à Colômbia este mês para ajudar a ex-candidata presidencial colombo-francesa Ingrid Betancourt e outros doentes no grupo de 40 seqüestrados que a guerrilha tenta trocar por 500 insurgentes presos.
A missão retornou à França depois de seis dias sem ter realizado a tarefa estipulada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy.