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WASHINGTON - A pré-candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton chamou a política do presidente George W. Bush em relação ao Irã de 'perdedora' e recomendou conversas limitadas com o país já considerado pelos Estados Unidos como um patrocinador do terrorismo.
Num encontro com editores de jornais, Clinton procurou atingir um equilíbrio entre a abordagem ameaçadora do governo Bush e a proposta de seu rival de partido, Barack Obama, por uma conversa cara a cara com o presidente iraniano.
- A maneira como o governo Bush tem abordado o Irã tem sido perdedora. Não mudou comportamentos nem produziu resultados - disse Hillary Clinton, uma ex-primeira dama que pode ser a primeira mulher presidente dos Estados Unidos.
- Já defendi tanto o incentivo quanto a força, mas acho que tentaria iniciar níveis mais elementares de relações diplomáticas, um processo de avanço - acrescentou a senadora por Nova York.
O Ocidente acusa o Irã de tentar adquirir armamentos nucleares sob o pretexto de um programa de energia. O Irã nega a acusação.
O governo Bush lidera esforços internacionais para penalizar o Irã por não ter esclarecido as suspeitas sobre o seu trabalho nuclear.
O provável candidato presidencial do Partido Republicano para as eleições de novembro, o senador por Arizona John McCain, prometeu na terça-feira, se eleito, aplicar a diplomacia e pressão financeira contra o Irã por seu programa nuclear.
- Acredito que podemos agir com os países com valores e princípios que nós apreciamos e exercer uma pressão enorme --diplomática, comercial e financeira - disse ele em Washington.
Obama, o rival de Clinton pela candidatura democrata, defendeu um encontro com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad como uma maneira de superar o impasse, e acusou Hillary de se alinhar aos republicanos por causa de seu voto no Senado no ano passado a favor de rotular a Guarda Revolucionária do Irã como uma organização terrorista.
Hillary, que indicou que Obama não teria experiência para proteger os interesses norte-americanos durante uma crise, defendeu seu voto.
- Eu acho que rotular a Guarda Revolucionária como uma organização terrorista nos dá uma força na mesa diplomática - disse Hillary.