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Peru condena ex-militares a até 35 anos por morte de estudantes

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REUTERS

LIMA - A justiça do Peru condenou na terça-feira com 15 a 35 anos de prisão um grupo de ex-militares acusados do sequestro e assassinato de um professor e nove estudantes universitários, caso pelo qual o ex-presidente peruano, Alberto Fujimori, também está sendo julgado.

O ex-chefe do Serviço Nacional de Inteligência, Julio Salazar, foi sentenciado a 35 anos de prisão pela Primeira Sala Penal Anticorrupção, por homicídio qualificado e desaparecimento forçado dos estudantes e dos professor da Universidade de La Cantuta, em 1992. O grupo era suspeito de pertencer à guerrilha maoísta Sendero Luminoso.

A corte condenou também três ex-membros da 'Colina', um esquadrão militar da morte, a 15 anos de prisão pelas mesmas acusações.A justiça, contudo, absolveu outros quatro agentes da 'Colina', grupo também acusado da matança de 'Barrios Altos', quando morreram 15 pessoas, entre elas uma criança.

Fujimori, que governou o Peru entre 1990 e 2000, atualmente está sendo julgado por violações aos direitos humanos nos massacres de La Cantuta e Barrios Altos. O ex-presidente, que lutou com mão de ferro contra os grupos rebeldes, se declara inocente.