Agência EFE
GAZA - O sistema sanitário da Faixa de Gaza está prestes a parar por causa do bloqueio que Israel impôs sobre a localidade, declararam neste domingo fontes do Ministério da Saúde, controlado pelo movimento islâmico palestino Hamas no território.
O Exército de Israel mantém fechados os acessos a Gaza desde que o Hamas expulsou da região as forças leais ao presidente palestino e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, em junho de 2007.
- O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza está atravessando uma grave crise - disse um de seus altos funcionários, Wissan Abu Shamala, também porta-voz do hospital Nasser na cidade de Khan Yunes, no Sul da Faixa.
As faltas regulares de remédios, alimentos, combustível e roupa limpa impedem que o hospital ofereça os serviços necessários a seus pacientes, afirmou.
De acordo com Abu Shamala, o hospital não pode atender todos os feridos que chegam quando o Exército israelense bombardeia o sul da Faixa e é obrigado a transferi-los ao Hospital Europeu, também em Khan Yunes, ou ao Hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza.
Pelo menos 90 pessoas morreram desde junho por falta de remédios ou por não poder sair da Faixa de Gaza para receber tratamento médico adequado, segundo números do Ministério da Saúde em Gaza.
Os cortes de eletricidade provocados pelas sucessivas interrupções e as reduções do abastecimento do combustível que Israel vende a Gaza agravam ainda mais a situação nos hospitais locais.