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ROMA - As polícias dos Estados Unidos e da Itália prenderam 77 supostos membros da máfia nesta quinta-feira, incluindo alguns dos líderes mais procurados, por uma série de crimes que datam de mais de 30 anos atrás.
A investigação conjunta, que durou três meses, procurou impedir o crime organizado de Nova York e da Sicília de unir as suas operações de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro, informaram autoridades de ambos os países.
As autoridades americanas pegaram 58 suspeitos com a ajuda de um informante dentro da família Gambino. A polícia relatou que a fonte ajudou na denúncia de três altos membros da família que ainda não foram presos.
Um julgamento nos EUA indiciou 62 suspeitos sob acusações de assassinato, extorsão, agiotagem, jogos ilegais, distribuição de cocaína e maconha, lavagem de dinheiro, suborno de autoridades e desvio de fundos públicos, relataram autoridades do governo federal e do Estado de Nova York.
- O crime organizado ainda existe - disse o procurador-geral de Nova York, Andrew Cuomo, em uma coletiva de imprensa. - Gostamos de pensar que é um vestígio do passado. Não é - enfatizou.
A investigação foi focada na família Gambino, antes controlada por John Gotti. O inquérito acusa um "soldado" da família, Charles Carneglia, de pelo menos cinco assassinatos desde 1976.
Suspeitos associados às famílias Genovese e Bonanno também foram presos.
Mais de 300 policiais italianos foram mobilizados, principalmente na Sicília, em uma operação batizada de "Ponte Velha", prendendo 19 suspeitos e arquivando novas alegações contra quatro outros já detidos por crimes separados.