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Reféns das Farc pedem troca humanitária em carta aberta a Uribe

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Agência AFP

BOGOTÁ - Um grupo de reféns das Farc manifestou ao presidente colombiano, Alvaro Uribe, a necessidade de um acordo com a guerrilha para sua libertação, em carta que o chefe de Estado recebeu dos familiares dos seqüestrados, informou nesta sexta-feira um dos parentes.

A carta foi enviada através das políticas Clara Rojas e Consuelo González, libertadas em 10 de janeiro passado, e entregue na quinta-feira a Uribe pelos dois filhos da ex-congressista Gloria Polanco, em cativeiro desde julho de 2001.

- Estivemos reunidos ontem com o presidente Uribe e lhe fizemos a entrega de uma carta enviada por todo o grupo de seqüestrados, entre os quais se encontra minha mãe - afirmou Juan Sebastián Losada à rádio Caracol.

O jovem e seu irmão Jaime Felipe foram seqüestrados junto com a ex-deputada, e três anos mais tarde recobraram a liberdade depois do pagamento de um resgate por parte de seu pai, Jaime Losada, assassinado pelas Farc em dezembro de 2005.

- É uma carta bonita, muito patriótica, o presidente Uribe foi muito receptivo, ouviu a todos nós e deixou que colocássemos nossas preocupações - assinalou Losada.

- O objetivo da reunião era entregar a ele a carta e que ele constatasse a situação tão difícil pela qual atravessam seus compatriotas e o desejo de voltar à liberdade e a consciência que eles têm que esse desejo só será obtido mediante um acordo entre o governo e as Farc - acrescentou.

Polanco compartilha do cativeiro com outras sete pessoas, cujas provas de sobrevivência foram entregues através das reféns libertadas em janeiro.

Esse grupo faz parte dos 43 seqüestrados que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia querem trocar por 500 de seus prisioneiros.

Segundo Losada, Uribe reiterou sua vontade de realizar um acordo humanitário com a guerrilha.