Agência EFE
CAIRO - Uma delegação de alto nível do movimento palestino Hamas continua hoje, no Cairo, as conversas com as autoridades egípcias, em meio ao sigilo, a respeito da situação na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza.
A imprensa governista egípcia cita hoje Fawzi Barhum, membro da delegação do Hamas, que descreveu as conversas como 'longas, profundas e globais', mas não há nenhum indício de que tenham dado algum resultado até o momento.
A delegação do Hamas é de máximo nível, pois é liderada pelo chefe de seu escritório político, Khaled Maashal, enquanto a egípcia é dirigida pelo chefe dos serviços secretos, Omar Suleiman.
Durante toda esta quinta-feira não foi divulgado nem o lugar onde estavam acontecendo as conversas, que ocorrem um dia depois que outra delegação palestina, neste caso do movimento governista Fatah, foi recebida - desta vez oficialmente e sem sigilo - pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak.
A delegação do Hamas recebeu indicações por parte dos egípcios de que não deve comunicar aos jornalistas o local das conversas nem informar sobre seu desenvolvimento, afirma hoje o jornal 'Al-Masri al-Yom'.
No entanto, o jornal afirma que a delegação egípcia culpou o Hamas pelo caos que ocorreu em dias anteriores, e ainda não resolvido, na fronteira de Rafah, onde os palestinos destruíram vários metros da cerca fronteiriça, com a aparente cumplicidade dos agentes do Hamas.