Agência EFE
BOGOTÁ - Clara Rojas, libertada na última quarta-feira pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), poderá recuperar seu filho Emmanuel após um breve processo na Justiça familiar. O menino está desde meados de 2005 aos cuidados do Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF).
A confirmação de que o DNA de Juan David Gómez Tapiero combina com o de Clara González de Rojas e os de seus filhos Ivan e Andrés, feita por um laboratório espanhol, tirou qualquer dúvida sobre o assunto.
Clara Rojas, libertada pela guerrilha, disse que deseja recolher o mais rápido possível seu filho, nascido em cativeiro.
- Eu queria recolher Emmanuel agora - afirmou Rojas em suas primeiras declarações feitas de Caracas à cadeia colombiana "Caracol Radio".
Emmanuel está sob os cuidados do ICBF desde 28 de junho de 2005, quando tinha apenas um ano.
A análise de DNA feita na Espanha confirmou que o menino que está na instituição é "com certeza absoluta" o filho de Clara Rojas.
Na primeira fase do processo será necessário o apoio de assistentes sociais, psicólogos e de um defensor de família para que o menor e sua mãe se adaptem à nova realidade.
Segundo o jornal "El Tiempo", que cita fontes do Corpo Técnico de Pesquisas da Promotoria, Emmanuel tem outros parentes por parte de pai, identificado com o apelido de "Rigo", que vivem em Bogotá, como os avôs paternos, que teriam direito a ver a criança.
Caso a família paterna invoque seu direito, tem a última palavra sobre a guarda do menino, apesar de a mãe de Emmanuel estar viva e livre, condições que, apoiadas no exame de DNA, são suficiente para que a criança fique com Clara Rojas.