ASSINE
search button

Polícia diz que foi evitado um banho de sangue na Alemanha

Compartilhar

Agência AFP

BERLIM - Dois libaneses acusados de terem colocado bombas em trens na Alemanha queriam provocar um banho de sangue e planejavam outros ataques, afirmou nesta quinta-feira um investigador no reinício do julgamento de um deles em Düsseldorf.

- Eles tinham a intenção de matar o maior número de pessoas possível - declarou um inspetor da polícia alemã que participou dos interrogatórios de um dos acusados, Jihad Hamad, no Líbano. Desde esses interrogatórios, Hamad já foi julgado e condenado a 12 anos de prisão neste país.

O julgamento que recomeçou nesta quinta-feira é o do segundo réu, Yussef Mohamed al-Hajj Dib, 23 anos, detido na Alemanha em agosto de 2006, algumas semanas após a tentativa de atentado que, segundo a polícia, fracassou porque os detonadores das bombas colocadas em dois trens regionais na estação de Colônia falharam.

Yussuf Mohamed al-Hajj Dib já foi considerado culpado por um tribunal libanês e condenado, à revelia, à prisão perpétua.

Segundo o inspetor de polícia, os dois libaneses pensaram em colocar uma bomba em um estádio alemão durante a Copa do Mundo de futebol e em explodir uma ponte em Colônia. Eles desistiram do primeiro projeto devido às fortes medidas de segurança nos estádios, e abriram mão do segundo por falta de explosivos.

Durante seu interrogatório no Líbano, Jihad Hamad afirmou que seu cúmplice na Alemanha lhe fez "uma lavagem de cérebro" para convencê-lo a participar da tentativa de atentados, decidida em resposta à publicação pela imprensa alemã de caricaturas do profeta Maomé, segundo o inspetor.

Os dois libaneses haviam sido identificados graças a câmeras de segurança instaladas na estação de Colônia. As imagens mostravam os dois empurrando duas malas pesadas na direção dos trens, no dia 31 de julho de 2006.