Agência AFP
BOGOTÁ - A ex-congressista colombiana Consuelo González, libertada nesta quinta-feira pelas Farc, disse que o grupo guerrilheiro mantém os reféns masculinos acorrentados dia e noite.
- Os homens, durante o dia, são acorrentados pelo pescoço e até tomam banho com as correntes. Em qualquer atividade estão acorrentados. Durante a noite (...), ficam presos a uma árvore que está ao pé de cada cama.
- Se a Colômbia não se comover com isto, não sei... - disse a ex-congressista, que foi seqüestrada em 10 de setembro de 2001 pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
González pediu aos colombianos que façam "algo" para libertar os demais reféns: - Digo ao povo colombiano que precisamos fazer algo, que, por favor, não os deixem na selva, que peçam às Farc e ao governo que façam todo o possível para obter uma troca humanitária.
A guerrilha propõe ao governo colombiano a troca de 500 rebeldes presos por um grupo de menos de 40 reféns, entre os quais a ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, e os cidadãos americanos Thomas Howes, Marc Gonsalves e Keith Stansell.
Segundo González, ela e Clara Rojas, também libertada hoje, compartilhavam o cativeiro com outros oito reféns, que estão "tratando de resistir, de sobreviver".
- Estão muito desgastados fisicamente, com enormes dificuldades de saúde, têm uma série de limitações em todos os sentidos; não há assistência médica, não há qualquer liberdade.
Os reféns citados são os ex-congressistas Luis Eduardo Gechem, Gloria Polanco e Orlando Beltrán, o ex-governador do departamento de Meta Alan Jara, e quatro membros do Exército e da Polícia, segundo Rojas.