Agência EFE
PARIS - Os comitês de apoio a Ingrid Betancourt expressaram nesta quinta-feira suas esperanças de que duas companheiras cativas da franco-colombiana em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colôbia (Farc) sejam finalmente libertadas, como anunciou ontem o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
"Junto com suas famílias, esperamos a libertação de Clara Rojas e Consuelo González de Perdomo', disse em comunicado a Federação Internacional de Comitês Ingrid Betancourt (Ficib).
"Desejamos que, desta vez, nada resista à operação de resgate', acrescentou a Ficib, depois do fracasso da primeira tentativa de libertação que Chávez comandou durante as festas de fim de ano.
O presidente venezuelano anunciou na quarta-feira que as Farc tinham lhe dado as coordenadas para resgatar Clara Rojas, companheira de campanha da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, e a ex-legisladora González de Perdomo.
A operação, que poderia acontecer hoje mesmo, obteve em seguida autorização do presidente colombiano, Álvaro Uribe.
"Queremos considerar como gestos de boa vontade a decisão das Farc de libertá-las, e a do presidente Uribe de autorizar' seu resgate, afirmou a Ficib.
Por sua vez, o Comitê de Apoio a Ingrid Betancourt na França desejou que a libertação seja 'coroada de sucesso, que Clara e Consuelo não sejam colocadas de novo entre a liberdade e o cativeiro'.
A caravana humanitária organizada por Chávez no fim de dezembro para concretizar a promessa das Farc de libertar as reféns foi cancelada pela guerrilha que alegou operações militares do Exército colombiano.
Em resposta, Uribe não só negou as manobras, mas divulgou a suposta razão pela que o grupo armado voltou atrás: o filho de Clara Rojas, Emmanuel, que deveria ser libertado junto com a mãe, não estava em cativeiro, mas desde 2005 está sob os cuidados de uma instituição oficial colombiana.
O Comitê de Apoio a Ingrid Betancourt prevê para esta tarde um ato de apoio à refém franco-colombiana em frente à Prefeitura de Paris.