Agência EFE
LA PAZ - Cerca de 20 mil camponeses cocaleiros, que apóiam o presidente da Bolívia, Evo Morales, vão à cidade de La Paz na próxima semana para defender a retomada dos trabalhos da Assembléia Constituinte, que está há mais de três meses paralisada.
Numa entrevista coletiva, os dirigentes dos produtores de coca da região de Yungas, no norte do departamento de La Paz, anunciaram a manifestação, segundo a "Agência Boliviana de Informação" (estatal).
O presidente Morales ainda é o líder dos sindicatos de cocaleiros da região tropical de Chapare, área tradicional de cultivo de coca ao lado de Yungas.
A direção da Constituinte convocou hoje uma sessão plenária para amanhã, numa nova tentativa de retomar os trabalhos.
Camponeses próximos a Morales enfrentaram os habitantes de Sucre, hoje, em frente à sede da Assembléia. As emissoras de TV mostraram as imagens do choque entre centenas de pessoas. Um camponês foi levemente ferido, pisoteado por um grupo de universitários.
Os camponeses mobilizados em Sucre exigem a volta das sessões. A Assembléia suspendeu suas atividades em meados de agosto, devido ao conflito entre Sucre e La Paz sobre onde devem ficar os poderes do Estado.
Sucre, capital constitucional da Bolívia e sede do Poder Judiciário, reivindica abrigar de novo o Governo e o Parlamento, que estão em La Paz desde 1899.