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ISLAMABAD - O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, provavelmente deve encerrar o estado de emergência que implementou no país em duas ou três semanas, afirmou o presidente do partido governista a um jornal.
Chaudhry Shujaat Hussain, líder da Liga Muçulmana, ex-premiê e membro do círculo íntimo do general Musharraf, disse que o presidente entende as consequências de não suspender o altamente criticado estado de exceção no Paquistão.
- Tenho certeza de que vai acabar em duas ou três semanas, assim como o presidente Musharraf está ciente das consequências de um governo de emergência longo - disse Hussain à edição desta quarta-feira do diário Dawn.
Autoridades declararam que as eleições previstas para janeiro ainda acontecerão na data, mas Musharraf não disse até agora quando o pleito ocorrerá ou quando o estado de emergência terminará.
Partidos de oposição paquistaneses discutirão na quarta-feira como reverter a emergência, esperando aproveitar da reprovação internacional à detenção de centenas de advogados e opositores políticos.
Nos comentários mais fortes que fez desde sábado, a líder da oposição Benazir Bhutto disse que o mundo tem que fazer Musharraf revogar suas medidas ou mandá-lo renunciar.
- Se ele não fizer isso, então acho que a comunidade internacional deve escolher entre a população do Paquistão e ele - disse Bhutto em entrevista ao Canal 4 da Grã-Bretanha.