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Farc prometem provas de que sequestrados estão vivos, diz Chávez

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REUTERS

CARACAS - O líder das Farc, Manuel Marulanda, ordenou que sejam realizadas provas de que as pessoas sequestradas em poder do grupo guerrilheiro estão vivas, como parte dos avanços de um acordo que possibilitaria a libertação das vítimas, disse na noite de segunda-feira o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Chávez, que atua como mediador nas negociações entre o governo colombiano e a maior guerrilha desse país, disse que procura conseguir avanços no processo de paz apesar de alguns pontos 'inegociáveis' de ambas as partes.

- Chegou por escrito a informação de que Marulanda ordenou que se faça, que se tome provas de vida não apenas de Ingrid mas de um grupo de pessoas que estão nas mãos das Farc - disse Chávez na noite de segunda-feira na TV estatal, citando a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, que tem também cidadania francesa.

O presidente venezuelano reconheceu que o recrudescimento da violência no país vizinho poderia dificultar a entrega dos sequestrados.

- Não deverá ser fácil, para eles, fazer essa prova (...) Mas em todo caso espero recebê-la.

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pedem pela desmilitarização de alguns territórios, assim como a libertação de rebeldes presos na Colômbia e Estados Unidos, pedido que tem sido negado pelo governo do presidente Álvaro Uribe.

Chávez explicou que planejava uma reunião na madrugada ou durante a terça-feira com uma delegação das Farc para discutir opções de um acordo.

- Tenho já elaboradas algumas propostas em função das conversas com o presidente Uribe, com intermediários, cartas que recebi de Marulanda (...), enfim, vamos conversar sobre alternativas - disse Chávez.

Um enviado do governo francês está na Venezuela para acompanhar as negociações e deve voltar a Paris ainda nesta semana para uma reunião de Chávez com seu colega francês, Nicolas Sarkozy, em 20 de novembro.

Chávez também irá se reunir com o Exército da Libertação Nacional (ELN) para destravar um diálogo pela paz.