Agência EFE
RAMALA - A Polícia palestina cercou nesta segunda-feira, dia 4, o campo de refugiados de Balata, adjacente à cidade de Nablus, na Cisjordânia, após um tiroteio entre seus agentes e homens armados, nos quais seis pessoas ficaram feridas.
Os tiroteios desencadearam uma onda de distúrbios nas ruas.
Segundo testemunhas, cerca de 200 agentes palestinos cercaram o campo e tomaram posições em telhados, em resposta aos disparos que os milicianos efetuaram contra as forças de segurança leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que tentavam patrulhar as ruas.
O primeiro tiroteio teve como alvo um 4x4 da Polícia, que foi abandonado. Quando outra patrulha foi recuperá-lo, seus membros foram novamente atacados.
Cinco civis e um agente foram baleados nos distúrbios, que coincidem com o desdobramento de mais de 300 policiais da ANP na maior cidade da Cisjordânia, com 180 mil habitantes.
Nablus não contava com presença policial desde 2002, quando Israel retirou as instituições da ANP da cidade. Esta medida provocou a proliferação de diferentes milícias.
Na sexta-feira, após um acordo com Israel, Abbas enviou agentes a Nablus em um processo que tem como objetivo assumir pouco a pouco a responsabilidade em todo o território que a ANP tinha sob sua jurisdição entre 1994 e 2000.
O líder palestino assegurou que suas forças de segurança podem assumir o controle em qualquer das cidades da Cisjordânia que foram ocupadas novamente por Israel, a fim de restabelecer a situação anterior a 28 de setembro de 2000, quando explodiu a Intifada de Al-Aqsa.