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Casa Branca rejeita comparação de Putin com 'crise dos mísseis'

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Agência EFE

WASHINGTON - A Casa Branca rejeitou nesta sexta-feira a comparação feita pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a 'crise dos mísseis' entre Estados Unidos e União Soviética em 1962.

A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, disse que a 'comparação realizada não faz sentido'.

Putin evocou a 'crise dos mísseis' em Portugal, ao criticar o plano americano de instalar um escudo militar antimísseis no Leste Europeu, perto das fronteiras da Rússia.

- O propósito de criar um sistema de defesa é defender-se de um ataque de mísseis que pudesse atingir um de nossos aliados europeus - disse Perino.

- Há diferenças históricas claras entre nossos planos para instalar um sistema defensivo de mísseis projetado para nos proteger de países rebeldes como o Irã, e a capacidade nuclear ofensiva dos mísseis que estava sendo instalados em Cuba no anos 1960 que ameaçavam os EUA - disse o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.

Para Perino, a Rússia deseja colaborar para solucionar o problema do escudo.

- Se alguém vê de forma objetiva e em sua totalidade os comentários (de Putin), é impossível não se dar conta de que ele realmente pensa que se pode trabalhar de forma conjunta - acrescentou.

Ao término da cúpula União Européia-Rússia hoje em Portugal, Putin ressaltou que Moscou retirou os mísseis de Cuba e de outros países e que agora Washington pretende abrir bases perto de suas fronteiras.