Agência AFP
SEUL - Um ano depois de ter realizado seu primeiro teste nuclear, condenado pela maior parte da comunidade internacional, a Coréia do Norte celebrou nesta terça-feira o episódio que a imprensa oficial considerou "um milagre para o povo norte-coreano".
No dia 9 de outubro de 2006, o líder norte-coreano Kim Jong-Il mostrou ao país "um céu de paz duradoura, prosperidade e esperança", segundo o Rodong Sinmun, jornal oficial do Partido dos Trabalhadores, sem mencionar diretamente o teste nuclear.
- Não se pode esquecer (...) este dia de alegria de outubro (da era) Juche 95 (2006), que ainda será lembrado dentro de 5000 anos (...) como um milagre prodigioso - acrescentou este diário.
A partir desse momento, a Coréia do Norte entrou para o grupo das "nações mais poderosas", ressaltou o jornal.
Um ano depois do teste, após discussões realizadas em Pequim entre os seis países negociadores (as duas Coréias, Estados Unidos, China, Japão e Rússia), a Coréia do Norte aceitou um calendário para as próximas etapas de sua desnuclearização, comprometendo-se a desmantelar suas instalações de Yongbyon antes de 31 de dezembro, sob a supervisão dos Estados Unidos, segundo um acordo revelado na quarta-feira passada pela China.
Como parte de tal acordo, a Coréia do Norte também se comprometeu a divulgar "a lista completa", segundo a China, de suas instalações nucleares.
As três instalações de Yongbyon, incluindo o reator experimental de cinco megawatts, serão desmanteladas antes de 31 de dezembro de 2007, de acordo com o documento assinado pelos seis países negociadores.
O Japão renovou nesta terça-feira suas sanções contra a Coréia do Norte por um período de seis meses para pressionar os norte-coreanos a libertarem cidadãos japoneses seqüestrados pelo regime comunista.