REUTERS
TEERÃ - O Irã disse que qualquer iniciativa dos Estados Unidos para classificar sua Guarda Revolucionária, uma tropa de elite do país, como organização terrorista será ilegal e vista como provocação a toda a República Islâmica.
A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou esta semana uma medida que prevê sanções a empresas estrangeiras de energia que façam negócios com o Irã e pedindo ao governo norte-americano que classifique a Guarda como 'terrorista'.
A agência de notícias Insa divulgou uma nota do Ministério das Relações Exteriores iraniano na quarta-feira chamando qualquer iniciativa do tipo de irresponsável e ilegal.
- Qualquer confronto com esta força humana é um confronto com a grande nação do Irã e aqueles que estão em busca de acusar a Guarda estão de fato colocando-se diante de uma nação de 70 milhões de pessoas - disse o porta-voz Mohammad Ali Hosseini.
Há um mês, havia planos dentro do governo dos EUA de classificar toda a força como grupo terrorista estrangeiro -- o que seria a primeira vez que os EUA colocariam as Forças Armadas de um governo soberano em tal lista.
Na segunda-feira, a secretária de Estado Condoleezza Rice afirmou à Reuters em Nova York que os EUA consideravam sanções contra a unidade Qods da Guarda, permitindo a Washington atacar seus fundos.
Os EUA acusam a unidade de incitar a violência no Iraque e de treinar e equipar insurgentes que atacam tropas norte-americanas. O Irã nega isso.