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NOVA YORK - O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu nesta terça-feira o direito de se aproximar com o Irã, a fim de melhorar as condições econômicas de seu país, um dos mais pobres da América Latina. Morales, que está em Nova York para participar da Assembléia Geral da ONU, receberá na quinta-feira a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
O Irã sofre sanções da ONU por causa de seu programa de enriquecimento de urânio. Países ocidentais acusam o Irã de querer construir uma bomba atômica, mas os iranianos dizem que só querem produzir energia elétrica.
- Decidimos abrir esse acordo e relações diplomáticas com o Irã não para ofender ou irritar ninguém, mas para nos complementar e melhorar a situação econômica do país - disse Morales a jornalistas.
O boliviano ressaltou que seu governo atua de forma 'soberana' e que não apoiará políticas que 'atentem contra a vida'.
Morales sugeriu que as acusações contra Ahmadinejad sejam resultado de uma campanha contra ele, e comparou a situação com a que ele mesmo viveu quando era líder do setor cocaleiro. - Quando eu era dirigente sindical diziam que eu era o Bin Laden andino, que os cocaleiros eram do Talibã.