Agência EFE
LISBOA - A Polícia Judiciária portuguesa continuará os interrogatórios com os pais da menina britânica Madeleine McCann e seu círculo de amigos só após saber o resultado das análises dos vestígios de sangue encontrados no apartamento do Algarve, no sul de Portugal, de onde a criança desapareceu.
O porta-voz da Polícia Judiciária portuguesa para o caso, Olegario Sousa, disse hoje que apenas após saber desses resultados, será decidido se continuam os interrogatórios com o casal McCann e seus amigos.
- Se esses resultados permitirem, junto com outras provas recolhidas, alterar o estado dos participantes do processo ou somar outros serão divulgados - disse Sousa.
Afirmou que é pouco provável que os resultados dos vestígios de sangue estejam à disposição da Polícia Judiciária esta semana, depois de serem enviados a um laboratório especializado de Birmingham, no Reino Unido.
- Mesmo que cheguem (a Portugal), é muito pouco provável que os resultados sejam divulgados (publicamente), ao ficar sob sigilo judicial - disse.
Sobre a possibilidade de que Robert Murat, o único suspeito oficial do caso, possa ficar à margem da investigação, disse que será preciso depor à Procuradoria, como estabelece a lei portuguesa para situações deste tipo.
A imprensa portuguesa, que cita fontes próximas à investigação, informa hoje que Madeleine McCann, caso tivesse morrido, não teria sido enterrada na área onde fica o apartamento de onde desapareceu enquanto dormia, em 3 de maio.
O Diário de Notícias afirma que o hipotético assassino não teria conseguido enterrar Madeleine nas cercanias do apartamento turístico de Praia da Luz, na região do Algarve, já que não teria o material necessário para isso.
A rede de televisão SIC antecipou que o casal McCann não concederá mais entrevistas até que se saiba o resultado das análises dos vestígios de sangue.
Os pais de Madeleine distribuíram um novo vídeo no qual insistem na tese de que sua filha de 4 anos foi seqüestrada e pedem que sejam adotadas "duras medidas" internacionais contra os adultos que abusam de crianças.