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Peru voltará a pedir extradição de Fujimori dia 21 de agosto

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Agência EFE

PERU - O advogado chileno Alfredo Etcheberry vai à Corte Suprema do Chile no dia 21 de agosto para apresentar a apelação do Estado peruano contra a decisão judicial que rejeitou a extradição do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, segundo informaram hoje fontes oficiais.

A ministra de Justiça do Peru, María Zavala, declarou à imprensa que Etcheberry "vai fortalecer a tese da extradição com base em argumentos racionais de culpabilidade".

Além disso, a apelação também vai mencionar "a preocupação e estranheza com o fato de o juiz Orlando Álvarez ter reproduzido o que a defesa de Fujimori sustenta", sem registrar que se tratava de uma citação.

O juiz chileno Álvarez reproduziu em sua decisão judicial de 11 de julho, contrária à extradição, extratos dos argumentos da defesa de Fujimori argumentando que os indícios da acusação eram supostamente frágeis e de "ouvido".

Nas próximas semanas deve ser tomada a decisão de segunda instância e definitiva sobre a extradição do ex-presidente, que chegou ao Chile em novembro de 2005, após cinco anos no Japão.

O juiz peruano Jorge Barreto ordenou o embargo preventivo dos bens de Fujimori. Ele está encarregado do julgamento aberto no Peru sobre supostas execuções extrajudiciais de três membros do Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA), durante o resgate de 71 reféns, em 1997.

Segundo a agência estatal peruana "Andina", Fujimori é acusado de co-autor do assassinato de Eduardo Cruz Sánchez (conhecido como "Tito"), Luz Meléndez Cueva ("Cynthia") e Víctor Peceros Pedraza, três dos 14 seqüestradores do MRTA que mantiveram reféns na casa do embaixador japonês em Lima.

Uma operação militar, cuja autoria é reivindicada por Fujimori, resgatou os reféns através de túneis subterrâneos. Mas na ação morreram os 14 seqüestradores, dois militares e um refém.