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LONDRES - A recusa da Grã-Bretanha e da comunidade internacional em negociar com o grupo palestino Hamas tem gerado mais efeitos negativos que positivos, afirmou uma comissão parlamentar britânica na segunda-feira.
A adoção de uma política que privilegia a Cisjordânia -- onde autoridades da Grã-Bretanha e de outros países negociam com o grupo secular Fatah, atualmente no controle desse território -- prejudicará ainda mais as chances de paz, afirmou em um relatório a Comissão de Assuntos Internacionais da Câmara dos Comuns. O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em junho.
- O governo deveria, com urgência, avaliar formas de engajar-se politicamente com elementos moderados do Hamas - afirmou a comissão, formada por parlamentares de vários partidos.
Segundo o relatório, o ex-primeiro-ministro Tony Blair deveria entrar em contato pessoalmente com o Hamas a fim de contribuir com os esforços de reconciliação.
Blair ocupa atualmente o cargo de enviado do Quarteto de mediadores para o Oriente Médio -- EUA, União Européia (UE), Organização das Nações Unidas (ONU) e Rússia.
A comissão também criticou a resposta dada por Blair à guerra do ano passado entre Israel e o grupo libanês Hezbollah.
Segundo o órgão, a recusa do então premiê em defender um cessar-fogo imediato havia 'danificado significativamente a reputação da Grã-Bretanha'.