Agência EFE
MISSOURI - A Justiça dos EUA apresentou nesta segunda-acusações contra o micronésio Eiken Elam Saimon, de 52 anos, acusado de matar três pessoas e ferir cinco no domingo em uma igreja do Missouri.
As autoridades locais informaram em entrevista coletiva que a promotoria acusa Saimon de três assassinatos, assalto, seqüestro e ação armada criminosa.
O promotor do Condado de Newton, Scott Watson, afirmou que o atirador ainda pode enfrentar outra acusação por assalto.
Saimon também é suspeito de estupro de uma menina de 14 anos, ocorrido no sábado. A jovem seria parente do acusado.
O atirador se declarou hoje inocente de todas as acusações numa breve audiência diante do juiz. Para ser liberado, Saimon terá que pagar uma fiança de US$ 1 milhão. A audiência preliminar foi marcada para 18 de setembro.
A Polícia e os promotores não quiseram comentar sobre o suposto motivo que teria levado Saimon a disparar durante a missa.
O crime ocorreu às 13h (hora local) de domingo, na Primeira Igreja Congregacionalista de Neosho, cerca de 400 quilômetros ao sudoeste de St. Louis, no Missouri.
Os membros da congregação procedem, em sua maioria, da Micronésia, um país e uma região do Oceano Pacífico formados por centenas de pequenas ilhas.
Segundo o chefe da Polícia de Neosho, Dave McCracken, cerca de 50 pessoas assistiam à missa.
O preso entrou na igreja e começou a disparar. Ele obrigou as crianças a se retirarem do local, já que o alvo eram os idosos e os líderes da congregação, afirmou o promotor Watson.
As primeiras investigações indicaram que o ataque teve origem a partir de um "incidente" que aconteceu na missa de sábado entre o acusado e uma família. No entanto, ainda não há provas de que esse tenha sido o motivo do crime.
McCracken disse que três pessoas morreram e cinco ficaram feridas, todas adultas. Entre os mortos está o pastor Kernal Rehobson, de 44 anos.
Os outros dois mortos são Intenson Rehobson, também de 44 anos, e Kuhpes Jesse Ikosia, de 53. Ambos eram diáconos da congregação.
Segundo a promotoria, as vítimas aparentemente não são amigas nem parentes do acusado.
A Polícia chegou ao local por causa de chamadas recebidas. Quando cercou a igreja e se dispôs a entrar, Saimon fez 20 pessoas de reféns durante cerca de dez minutos. Depois, já cercado por policiais, ele se entregou e foi levado para a prisão do condado.
Os agentes encontraram três pistolas entre os pertences de Saimon, que não é membro ativo da igreja.