Agência EFE
WASHINGTON - Os erros de política econômica cometidos no Iraque desde a deposição do presidente Saddam Hussein deixaram os jovens sem emprego e prontos para seu recrutamento pela rede terrorista Al Qaeda, disse um funcionário do Pentágono citado pelo jornal "The Washington Times" nesta segunda-feira.
- É necessário revitalizar a base industrial do Iraque para reduzir o desemprego que afeta aproximadamente 60% da força de trabalho e para ajudar na reconciliação nacional - disse ao jornal o subsecretário da Defesa americano, Paul Brinkley.
O funcionário disse que o Iraque poderia se beneficiar muito se os Estados Unidos destinasse a esse país "uma pequena fração do comércio que a cada ano conduz com economias como China, Índia, Indonésia e Tailândia", segundo o jornal.
Depois da invasão americana e da deposição de Saddam Hussein, em 2003, "os planejadores econômicos cometeram o erro, compreensível, de presumir que emergiria rapidamente um mercado livre que substituiria a ''cleptocracia'' do regime de Hussein, e que isso traria o emprego pleno".
Aquelas premissas erradas "levaram a uma série de decisões que espalharam as sementes da doença econômica e encorajaram a simpatia aos insurgentes, depois que a produção industrial colapsou e começaram as importações que substituíram os bens fabricados no país", acrescenta o artigo.
Brinkley lidera um programa no Pentágono que faz uma avaliação das fábricas no Iraque, de fábricas têxteis a petroquímicas, engenharia e agricultura, para identificar candidatos adequados para a alocação de fundos.
- Essas fábricas no passado vendiam produtos e serviços entre elas - disse Brinkley.
- Não podiam exportar (sob as sanções impostas ao Iraque pelas Nações Unidas), de modo que os sunitas, os xiitas e os curdos faziam negócios entre eles - disse.