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Chanceler venezuelano vê conspiração dos EUA no caso da mala

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Agência EFE

VENEZUELA - O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira que "pode haver uma conspiração" dos Estados Unidos no caso da mala com US$ 800 mil que um empresário venezuelano tentou introduzir na Argentina sem declarar às autoridades.

Maduro defendeu a tese de conspiração alegando o "nervosismo" dos EUA diante do projeto de unidade regional, cujo "avanço" atribuiu "à liderança" do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

- Como estamos enfrentando o poder da CIA e do Pentágono, com as conspirações que eles montam sempre, fica a suspeita de que por trás disso possa haver uma emboscada ou conspiração - sustentou o ministro das Relações Exteriores, numa entrevista à emissora estatal "VTV".

O ministro do Interior, Pedro Carreño, havia perguntado em entrevista coletiva por que "se a mala foi apreendida no sábado, 4 de agosto, o caso só foi divulgado na terça-feira, quando o presidente venezuelano chegou a Buenos Aires".

- Para não reconhecer os avanços sociais e de cooperação energética da Venezuela nos países do hemisfério sul - respondeu ele mesmo, descartando que o Estado tenha que assumir "responsabilidades" no caso.

Para ele, a responsabilidade penal é individual, mesmo no caso de conivência com funcionários públicos venezuelanos.

- Pode ter sido uma tentativa de manchar a viagem do governante venezuelano por quatro países da América Latina - acrescentou Carreño.

Maduro garantiu que "se for descoberta alguma coisa estranha com qualquer funcionário" da empresa estatal Petróleos de Venezuela S.A.

(PDVSA), o Governo vai agir para apurar.

O chefe de Gabinete da Argentina, Alberto Fernández, disse nesta segunda-feira em Buenos Aires que a PDVSA deve dar explicações sobre a tentativa do empresário venezuelano Guido Antonini Wilson de entrar ilegalmente na Argentina com US$ 790.550 na sua mala.

Antonini Wilson chegou a Buenos Aires num vôo particular com funcionários das petrolíferas argentina Enarsa e da venezuelana PDVSA.