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Premiê iraquiano diz que cúpula de crise deve começar em breve

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REUTERS

BAGDÁ - O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki afirmou neste domingo que a cúpula de líderes prevista há muito tempo pode começar nos próximos dois dias para resolver o impasse político do país.

Maliki, cujo governo de 'união nacional' está em crise desde a saída do principal bloco sunita, disse que poderia atraí-los de volta ou encontrar outro grupo para substituí-los.

- Precisamos buscar soluções para os problemas que enfrentamos. Eu chamei os líderes políticos para um encontro no qual discutiremos as principais questões do processo político - disse Maliki.

- A primeira reunião pode acontecer amanhã ou depois de amanhã.

Membros do governo norte-americano consideram o encontro um momento decisivo para o governo, que foi formado em 2006 com todos os grupos para reduzir a violência, mas foi paralisado por boicotes e pelas disputas étnicas e sectárias.

A pior divisão ocorreu neste mês, quanto o principal bloco sunita, a Frente de Acordo, retirou seus seis membros do governo.

- Os sunitas, que junto com os xiitas e os curdos são parte da sociedade iraquiana, não serão excluídos do governo - disse Maliki.

O primeiro-ministro disse esperar que a Frente retorne ao governo.

Ele também afirmou, porém, que pode substituí-los por outros sunitas --possivelmente xeques tribais que emergiram no último ano como uma força poderosa nas áreas sunitas da vasta província desértica de Anbar, a oeste de Bagdá.

Os xeques, que juntaram o primeiro grande grupo armado a apoiar o governo xiita de Maliki e seu aliado norte-americano, tomaram o controle de áreas previamente controladas por insurgentes e parecem ter ambições políticas nacionais.

Membros do governo norte-americano já expressaram frustração com o processo político estacionado em Bagdá.

Praticamente metade do gabinete não participa mais de suas reuniões. Além dos sunitas, os apoiadores do clérigo xiita Moqtada al-Sadr também deixaram o governo. O bloco secularista do ex-premiê interino Iyad Allawi também boicota as reuniões do gabinete.