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Morre egípcia de 13 anos após operação de mutilação de clitóris

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Agência EFE

EGITO - Uma menina de 13 anos morreu após uma operação de ablação do clitóris no norte do Egito, a primeira vítima anunciada desde junho, quando o Governo proibiu a prática, informou neste sábado o jornal oficial "Al Ahram".

Segundo o jornal, a menina, identificada como Karima Rehim Said, era do povoado de Abu Hamar, na província de al-Garbiya, no noroeste do delta do Nilo. Após a morte, as autoridades fecharam a clínica onde ela havia sido operada e iniciaram uma investigação.

Fontes do Ministério da Saúde egípcio acham que a razão da morte de Said pode ter sido uma dose errada de anestesia na operação, devido à ausência de um especialista, acrescentou o jornal.

O Governo egípcio proibiu definitivamente a ablação do clitóris em junho, depois de uma menina de 12 anos morrer durante uma operação de mutilação genital em circunstâncias parecidas.

Calcula-se que 90% das egípcias em idade fértil sofreram a operação. Mas as campanhas governamentais dos últimos dez anos conseguiram baixar a percentagem, segundo fontes oficiais.

A ablação é uma prática comum nos países da margem do Nilo desde tempos faraônicos. Ela não está relacionada com o Islã nem com o Cristianismo, embora as duas religiões tenham aceitado o costume durante séculos como meio de controle sexual e social.