Agência EFE
CHINA - A China vai reforçar as normas para garantir a qualidade de seus remédios, obrigando produtores a retirar do mercado drogas identificadas como fraudulentas ou não adequadas para o consumo, informou neste sábado o jornal estatal "China Daily".
Se as empresas não anunciarem a retirada de seus produtos, o Governo tomará a providência e multará as companhias num valor até três vezes maior que o dos bens, segundo a minuta da Administração Estatal de Alimentos e Remédios (SFDA, em inglês).
Os fabricantes deverão informar ao público e aos lojistas caso seus produtos sejam identificados como não adequados para o consumo.
Empresas que não retirem seus produtos do mercado terão suas licenças de produção retiradas e estarão sujeitas a acusações criminais, acrescenta a norma.
Além disso, os aparelhos médicos produzidos para exportação devem cumprir os padrões de qualidade dos países aos quais serão vendidos.
O Governo vai divulgar uma "lista negra" com todos os produtos "de má qualidade", segundo o jornal.
Yan Jiangying, porta-voz da SFDA, disse que a China já retirou do mercado remédios inadequados em diversas ocasiões, mas sempre em casos isolados.
No dia 8, o órgão anunciou que investirá US$ 1,2 bilhão para melhorar a supervisão de alimentos e remédios.
Nos últimos meses, a China, um dos maiores exportadores do planeta, sofreu críticas após o anúncio de cerca de 100 mortes no Panamá por causa de um remédio chinês contaminado com um produto tóxico. Além disso, vários animais de estimação morreram nos Estados Unidos depois de comer rações chinesas.