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HAVANA - Cuba libertou nesta sexta-feira seu preso político mais antigo, Francisco Chaviano González, que passou mais de 13 anos na prisão, segundo o principal grupo de direitos humanos da ilha. Chaviano, 54 anos, preso em maio de 1994 e condenado a 15 anos por divulgar segredos da segurança nacional, recebeu o benefício da liberdade condicional, segundo nota da Comissão Cubana para os Direitos Humanos e a Reconciliação Nacional.
O ex-professor de matemática, dissidente e ativista dos direitos humanos era citado pela Anistia Internacional como um dos 72 presos de consciência em Cuba. A entidade disse que o julgamento militar dele, em 1994, ficou aquém dos padrões internacionais.
- A libertação de Chaviano levanta a questão da situação de mais de 200 presos políticos que estão vivendo em condições subumanas e degradantes nos cárceres cubanos - disse o porta-voz da comissão de direitos humanos, Elizardo Sánchez.
Segundo ele, Cuba tem o maior número de presos políticos per capita. A comissão disse no mês passado que o número de presos políticos na ilha caíra de 283 para 246 no primeiro semestre, mas que a situação dos direitos humanos não melhorou desde que Raúl Castro substituiu o irmão Fidel, afastado por doença, como presidente interino. Cuba não autoriza visitas da Cruz Vermelha Internacional a suas prisões.