Agência EFE
NEPAL - Os ex-rebeldes maoístas do Nepal, que agora fazem parte da coalizão de Governo, tentarão proclamar a República antes das eleições de novembro para uma Assembléia Constituinte, anunciou nesta quarta-feira à Efe um líder do partido.
- Vamos buscar um consenso com outros partidos políticos e o Governo para formar uma República e um sistema de representação eleitoral antes da realização de eleições - disse à agência Efe Barsa Man Pun, dirigente do Partido Comunista do Nepal.
Segundo Pun, esta foi a principal decisão do plenário do partido, que termina hoje após seis dias de reuniões entre mais de 2 mil membros.
Os antigos rebeldes entraram para o Parlamento em janeiro e passaram a integrar o Governo em abril, após 10 anos de lutas para abolir a Monarquia, com um saldo de 13 mil mortos.
- O plenário decidiu além disso que os maoístas devem considerar sair do Governo e lançar um protesto popular se os outros partidos não atenderem às suas exigências sobre as eleições - disse Pun.
- Estamos comprometidos em realizar eleições em novembro e esperamos chegar a um acordo para que não sejam necessários protestos nas ruas - acrescentou Pun, vice-comandante do Exército Maoísta de Libertação Popular.
Durante o plenário maoísta, houve pressões dos combatentes para que o partido saia imediatamente do Executivo.
- Não sairemos do Governo imediatamente, mas buscaremos um consenso - disse o dirigente.
A decisão maoísta trouxe mais dúvidas sobre a realização das eleições de novembro, que já foram adiadas uma vez.