Agência EFE
WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos disse nesta terça-feira que, "infelizmente", a vida dos cidadãos cubanos não teve grandes mudanças um ano depois que o presidente de Cuba, Fidel Castro, cedeu o poder a seu irmão Raúl. Nesta terça se completa um ano desde que "o ditador principal decidiu ceder o controle do país ao ditador subordinado", declarou à imprensa um porta-voz do Departamento de Estado.
Em entrevista coletiva, o porta-voz Tom Casey, disse que, "infelizmente", essa decisão não acarretou em nenhuma mudança destacada para a população da ilha caribenha.
Apesar de Raúl Castro ter mostrado seu interesse em manter um diálogo com os Estados Unidos, o porta-voz lembrou que a administração americana insiste em que deve haver um diálogo do próprio Raúl Castro e o regime cubano com o povo.
Ao ser perguntado por que os Estados Unidos criticam tanto Cuba e, ao mesmo tempo, firmam contratos milionários de caráter armamentista com outros países de duvidosa reputação em matéria de direitos humanos, como a Arábia Saudita, Casey disse que o histórico do regime cubano nos últimos 50 anos é o pior.
Os sucessivos governos americanos expressaram seus temores sobre o regime cubano pela ameaça que representa para os países vizinhos e pela repressão de sua gente, segundo o porta-voz. Isso contrasta "com a relação que temos com outros países que estão do lado da estabilidade, do lado da paz, e que trabalham conosco, com sucesso, em diferentes áreas", disse.
Uma prova clara do tipo de regime que existe em Cuba, disse, são os esforços do governo do país por evitar que a população tenha acesso a informação externa, como a proporcionada pelas cadeias de rádio e televisão Martí, dois meios de comunicação financiados por Washington.
O fato de que o regime trate de interferir em suas emissões mostra seu medo de que os cidadãos possam compreender o que está passando e se dêem conta das circunstâncias nas quais vivem, acrescentou. Casey disse não ter dados sobre o sucesso que possam ter ou não as emissões desses meios de comunicação, mas assegurou que os Estados Unidos mantém seus esforços para romper o bloqueio do governo cubano e fazer chegar a informação aos lares cubanos.