Portal Terra
LISBOA - Um grupo de detetives britânicos especializados em casos criminais viajou esta semana a Portugal para auxiliar na investigação do desaparecimento da menina inglesa de 4 anos Madeleine McCann, seqüestrada em 3 de maio na região do Algarve.
Os detetives revisarão os testemunhos e evidências levantados pelas autoridades portuguesas durante as 12 semanas de investigação, o que ainda não permitiu determinar o paradeiro da criança.
A equipe de especialistas prevê a reconstrução do perfil psicológico do seqüestrador para ajudar à polícia de Portugal a encontrar os responsáveis pelo sumiço.
Segundo informou a imprensa britânica nesta terça-feira, os detetives que viajaram à Praia da Luz são especialistas em determinar o comportamento de pedófilos.
Uma fonte policial portuguesa declarou que os especialistas poderiam dar uma solução ao caso.
- Depois de três meses, é necessário analisar todas as evidências. Agora estamos revendo todas as entrevistas e interrogatórios, os detalhes, informações e pistas - destacou o policial.
Até o momento, o único suspeito do caso é o britânico Robert Murat, 33 anos, que foi visto por várias testemunhas rondando o quarto de Madeleine na noite em que a menina desapareceu.
Os pais da menor, Kate, 38 anos, e Gerry, 39 anos, serão informados sobre possíveis novas pistas.
Segundo foi divulgado nesta terça-feira, a polícia portuguesa recebeu mais de 2,5 mil chamados oferecendo informação e interrogou 490 turistas britânicos que estavam na Praia da Luz, cidade turística onde Madeleine foi seqüestrada.
A porta-voz dos McCann, Justine McGuinness, declarou que os pais da menor "não podem agradecer suficientemente à polícia britânica. O apoio deles tem sido incrível".
Kate e Gerry McCann, com residência na localidade inglesa de Rothley, estão em Portugal com seus outros dois filhos, os gêmeos de dois anos Sean e Amelie.
A família informou que, no próximo dia 11 de agosto, os 100 dias do desaparecimento de Madeleine serão lembrados por centenas de gaitas escocesas que tocarão a "Marcha por Madeleine", composta por um amigo dos McCann, Alasdair Gillies, para o Festival de Glasgow.
No povoado de Rothley, milhares de fitas amarelas em tributo à menina foram amarradas em um memorial no centro da cidade, próximo à casa dos MCann. Janet Kennedy, tia-avó da menina, declarou: "Isto não significa que estamos nos dando por vencidos. A esperança de encontrá-la com vida segue firme".