Agência EFE
PAQUISTÃO - As autoridades do Paquistão reforçaram nesta quinta-feira a segurança na área de Rojhan Mazari, no centro do país, para o enterro do clérigo radical Rasheed Ghazi, morto na terça-feira durante o assalto à Mesquita Vermelha de Islamabad.
O corpo de Ghazi, dirigente dos radicais entrincheirados no templo, foi levado ontem de helicóptero à sua terra natal para ser enterrado. O seu irmão e líder máximo da Mesquita Vermelha, Abdul Aziz, detido quando tentava fugir do local, recebeu permissão para assistir à cerimônia.
O enterro deve acontecer hoje em Rojhan Abdullah, na presença dos parentes e seguidores de Ghazi. Em Islamabad serão enterrados alguns dos mortos na operação que começou na madrugada de terça-feira e terminou ontem.
O Exército informou a morte de apenas 10 militares e 73 radicais armados. Mas uma fonte dos serviços de inteligência disse à agência Efe que pelo menos 286 corpos foram retirados da Mesquita Vermelha.
A fonte, que pediu o anonimato, disse que os corpos foram levados a um frigorífico privado, a cerca de 20 quilômetros. Eles seriam enterrados de madrugada, num cemitério da capital.
Antes do assalto, o Governo sustentou que na mesquita resistiam dezenas de radicais armados, que usava como reféns 300 a 500 mulheres e crianças. Mas depois só informou a libertação, rendição ou detenção de aproximadamente 80 pessoas.
O Ministério do Interior confirmou que as análises de 73 corpos.
Ontem foram enterrados nove dos soldados mortos na operação.