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BOGOTÁ - Um pai colombiano cujo filho soldado é mantido refém há quase uma década por guerrilheiros começou a caminhar pelo país na esperança de ajudar a pôr um fim ao impasse sobre a libertação de vítimas de seqüestros. O filho de Gustavo Moncayo, Pablo Emilio, foi capturado quando guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) atacaram um posto do Exército em 1997, pouco após seu 19º aniversário. Moncayo não tem notícias dele há mais de quatro anos.
Com suas mãos presas por correntes em um gesto simbólico e o rosto de Pablo estampado em sua camiseta, Moncayo espera caminhar da província de Narino, na fronteira com o Equador, até Bogotá, 890 quilômetros de distância, em cerca de 20 dias, coletando assinaturas para um acordo de reféns.
- Os anos estão passando. Isso traz uma mensagem de esperança para todas as vítimas de seqüestro, de que elas devem permanecer fortes - disse Moncayo no começo de sua jornada, na cidade de Pasto, Sul do país.
Centenas de políticos, policiais e soldados são mantidos em cativeiro pelas Farc, incluindo a ex-senadora e candidata à Presidência da Colômbia, a franco-colombiana Ingrid Betancourt, e três americanos capturados pelos guerrilheiros em 2003 em uma missão anti-narcóticos.