Agência EFE
RIAD - A Arábia Saudita conseguiu abortar 90% dos ataques terroristas planejados desde o início da série de atentados ligados à rede Al Qaeda no país, em maio de 2003, afirmou o ministro do Interior saudita, o príncipe Naif bin Abdul Aziz.
O ministro divulgou a informação em discurso a clérigos muçulmanos na noite de terça-feira, no qual revelou os planos de segurança de seu Governo contra a ameaça dos radicais islâmicos.
- Se 30% dos atentados planejados tivessem tido êxito, só Deus sabe como estaria a situação no país agora - disse o ministro.
Desde maio de 2003, os ataques da Al Qaeda incluíram alvos como importantes instalações petrolíferas e edifícios residenciais, e mataram ou feriram centenas de pessoas.
O príncipe Nayef disse que alguns sauditas retornaram ao país vindos do Iraque 'com idéias desviadas, que querem impor à sociedade saudita'. Por isso, se dirigiu aos imames presentes para lembrá-los da "grande responsabilidade' que têm no combate às 'idéias e aos pensamentos equivocados'.
A Arábia Saudita é o berço do islamismo, e segue a corrente wahabista da religião muçulmana, caracterizada pelo conservadorismo e a interpretação direta do Corão e dos hadiz - doutrinas inspiradas na vida do profeta Maomé.
Quinze dos 19 terroristas que participaram do atentado ao World Trade Center, nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, tinham nacionalidade saudita.