Agência EFE
HAVANA - O presidente em exercício de Cuba, Raúl Castro, comandou nesta terça-feira a vigília solene que encerrou as homenagens a sua mulher, Vilma Espín, figura histórica da revolução, que morreu na última segunda-feira, aos 77 anos.
O vice-presidente José Ramón Machado Ventura, e Asela de los Santos, ex-ministra da Educação e amiga de Espín, elogiaram sua figura e lembraram as suas conquistas revolucionárias durante um ato realizado no teatro Karl Marx, em Havana. Houve atrações musicais e a projeção de um documentário sobre sua vida.
Machado, que exerce alguns dos cargos delegados pelo líder cubano, Fidel Castro, desde 31 de julho de 2006, destacou a capacidade organizativa, sensibilidade e preocupação com todos os assuntos de Espín.
- Os direitos de que hoje a mulher goza em Cuba são fruto da revolução e do cuidado permanente de Vilma - afirmou.
Asela de los Santos lembrou a atividade de Espín em Santiago de Cuba, seu romance com Raúl Castro e seu incentivo às escolas de vôlei, canto e balé.
Milhares de pessoas foram hoje à Praça da Revolução de Havana e ao monumento a Antonio Maceo de Santiago de Cuba para dar o último adeus a Espín.
Casada com Raúl Castro pouco depois do triunfo da revolução, em 1959, Vilma Espín foi uma das últimas representantes de uma geração de mulheres revolucionárias que marcaram a história recente de Cuba.
Foi presidente da Federação de Mulheres Cubanas (FMC) desde 1960 e membro do Escritório Político do Partido Comunista de Cuba, tornando-se uma das mulheres com mais peso político da revolução.
O corpo de Vilma Espín foi incinerado na segunda-feira e suas cinzas serão depositadas no Mausoléu da II Frente Frank País, na Sierra Maestra, berço da revolução.